Rua da Aurora, Recife/PE (foto: Sirman A. Celâyir)
Exaltação ao Recife
No ponto onde o mar se extingue
E as areias se levantam
Cavaram seus alicerces
Na surda sombra da terra
E levantaram seus muros
Do frio sono das pedras.
Depois armaram seus flancos:
Trinta bandeiras azuis plantadas no litoral.
Hoje, serena flutua, metade roubada ao mar,
Metade à imaginação,
Pois é do sonho dos homens
Que uma cidade se inventa.
(Guia Prático da Cidade do Recife – O Início, 1999:129)
Sobre o poeta:
Poeta pernambucano, nasceu no Recife no dia 17 de maio de 1929 e morreu, de um acidente de carro, no dia 1º de julho de 1960, também no Recife.
Outro poema famoso é o que escreveu em homenagem ao Bar Savoy, antigo reduto da boemia recifense, na Av. Guararapes:
O CHOPE
Na avenida Guararapes,
o Recife vai marchando.
O bairro de Santo Antônio,
tanto se foi transformando
Que, agora, às cinco da tarde
mais se assemelha a um festim,
O refrão tem sido assim:
são trinta copos de chope,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
PS: Há uma certa confusão quanto às datas de nascimento e morte do poeta. Diz a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que ele nasceu em 1928 e faleceu em 10 de junho de 1960. Já uma pesquisa da UFPE diz que foi em 1929 e a morte em 1º de julho de 1960.
Quando achar algum parente dele, prometo perguntar... hehehe...
OLá ! Adorei sua visitinha ao Canto do Conto, e seu blog também ( já estou seguindo-o), agradeço o link também. Que continue semeando fantasias e sonhos e colhendo magia. Bjs carinhosos, Betty
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