segunda-feira, 19 de março de 2018

Conto: "O duende esperto"


Esta é uma outra versão do conto que postei anteriormente, sobre o Tom esperto. A diferença é que ele usa sua gravata para marcar a flor que está em cima do ouro.

"Um jovem rapaz chamado Tom estava caminhando por uma trilha. Ele ouviu um barulho atrás dos arbustos e parou para ver o que era. Ele ficou surpreso ao ver um homem pequenino sentado na sombra do arbusto. Tom havia encontrado um duende. Em toda a sua vida, Tom havia ouvido estórias sobre os homenzinhos que viviam na florestas. As pessoas diziam que os duendes possuíam potes de ouro enterrados por toda a terra.
Tom decidiu tentar capturar o homenzinho e fazê-lo levá-lo até um pote de ouro.
Muito rapidamente, Tom segurou o duende pela gola. Tom sabia que os duendes são muito espertos e rápidos. Se ele soltasse a gola, o homenzinho poderia desaparecer num piscar de olhos. Mas o homenzinho estava tão assustado que concordou em mostrar a Tom onde poderia encontrar o seu tesouro.
O duende levou Tom por um caminho muito longo. Eles andaram e andaram, até que finalmente chegaram a um campo cheio de lindas flores. O duende apontou para uma planta e disse a Tom que o pote de ouro estava enterrado bem ali.
Tom ficou maluco, começou a pular de tão animado. Mas aí ele lembrou que não havia trazido sua pá para cavar o local onde o tesouro estava.
Tom então tirou a gravata e a amarrou na flor para que pudesse encontrá-la quando voltasse com a pá. Ele fez o duende prometer que não iria tocar em sua gravata enquanto ele estivesse fora. Muito solene, o duende prometeu, não iria tocar a gravata.
Enquanto Tom estava fora, como era de se esperar, o duende fez sua mágica. Estalou os dedos e de repente apareceram 50 gravatas exatamente como a de Tom. Rapidamente, o homenzinho amarrou-as em todas as flores que estavam ao redor daquela que estava sobre o tesouro.
Quando Tom voltou, ele não conseguia dizer qual era a preciosa flor. O duende esperto havia salvo seu tesouro sem quebrar a promessa feita."

É como se diz por aqui: Tom foi buscar lã e saiu tosquiado 😄

*Fonte: Folktales, by Remedia Publications (tradução desta contadora de estórias)

sexta-feira, 9 de março de 2018

Conto: "Tom esperto e o duende"

Estamos no mês de São Patrício, o padroeiro da Irlanda, o país mais verde do mundo, lindo demais. Para comemorar o dia do santo - 17 de março - publico aqui uma das várias estórias do rico folclore irlandês, esta proveniente de Ballincollig, cidade pertencente ao condado de Cork. A tradução é desta Cigana Contadora de Estórias 😊
Imagem do site Kids Gen
"Tom Fitzpatrick era o filho mais velho de um rico fazendeiro que morava em Ballincollig. Tom tinha acabado de completar vinte e nove anos, e era um rapaz tão inteligente, limpo e de boa aparência como qualquer outro em todo o condado de Cork.

Um bom dia na colheita, Tom foi passear pelo lado ensolarado de uma cerca. De repente, ouviu um ruído um pouco antes dele, na cerca. Então, Tom andou na pontapés, tentando ver se ele conseguia descobrir o que era que estava fazendo aquele barulho.

O barulho parou, mas quando Tom olhou através dos arbustos, viu um cântaro em que poderia caber cerca de um galão e meio de bebida. Ao lado, estava sentado um velhinho, com um chapeuzinho armado preso no topo da cabeça e um avental de couro.

O homenzinho puxou um pequeno banco de madeira, subiu nele e mergulhou uma caneca no cântaro. Desceu do banco, colocou a caneca cheia ao seu lado, se sentou e começou a colocar a sola em um minúsculo sapato.

"Incrível!", disse Tom para si mesmo, "Este deve ser um duende! Sou um homem rico. Mas dizem que você nunca deve tirar seus olhos deles, ou eles vão escapar. "

Tom se aproximou um pouco, com o olho fixo no homenzinho. Ele se aproximou dele e disse: "Deus abençoe seu trabalho, vizinho".

O duende levantou a cabeça e disse: "Obrigado, gentilmente".

"Trabalhando em dia sagrado?", perguntou Tom.

"Esse é o meu negócio, não o seu", foi a resposta.

"Talvez você me diga o que você tem no jarro?", disse Tom.

"Com prazer", disse o homenzinho, "é uma boa cerveja".

"Você me daria um pouco para provar?", perguntou Tom.

"Seria melhor para você se cuidasse da propriedade do seu pai em vez de estar incomodando pessoas decentes e quietas com suas perguntas tolas. Enquanto você está gastando seu tempo aqui, as vacas invadiram o celeiro e estão derrubando o milho ".

Tom tomou um susto e quase se virou quando se conteve, lembrando da esperteza dos duendes. Com medo de caísse de novo na conversa do duende, ele o segurou na mão, mas na pressa bateu no jarro e derramou toda a cerveja, de modo que não conseguiu provar nem um pouco da bebida encantada.

Tom ficou brabo e ameaçou o homenzinho, exigindo saber onde estava o ouro que todo duende guarda. Ele parecia tão perverso que o duende ficou bastante assustado.

"Há um pote de ouro escondido apenas um par de campos ali", disse o homenzinho.

Tom segurou o duende rápido na mão e não tirou os olhos dele, apesar de terem que cruzar sebes e valas, e um pedaço de pântano. O duende pareceu, por pura maquinação, escolher o caminho mais difícil. Finalmente, chegaram a um campo cheio de flores chamadas boliauns, assemelhadas a margaridas amarelas.

O duende apontou para a maior delas e disse: "Cave sobre essa flor e você encontrará um grande pote cheio de moedas".

Tom não trouxe uma pá, então tirou uma de suas ligas vermelhas e amarrou-a em torno da flor, para que ele pudesse encontrar o lugar novamente mais tarde.

"Suponho que você não precisa mais de mim?", perguntou o duende.

"Você pode ir", disse Tom, libertando o homenzinho.

"Tchau, Tom Fitzpatrick, que o que você ache faça bem a você".

Tom correu para casa, pegou uma pá, e então correu de volta para o campo de flores, tão rápido quanto ele poderia ir. Mas, quando ele chegou lá, cada flor no campo tinha uma liga vermelha, idêntica à sua, amarrada em torno dela.

Escavar todo o campo teria sido bobagem; Eram quarenta bons acres irlandeses. Então, Tom voltou para casa novamente com a pá no ombro. Muitas pragas ele jogou no duende a cada vez que lembrava da peça que ele tinha pregado em si."

A estória original em inglês você encontra no site Folkli - Folktale Library, uma bela coleção de estórias ("Online folklore magazine dedicated to preserving and promoting the tales of past generations".) Espero que tenha gostado! Ah, se achar um duende, fique esperto 😉

Ouça a estória "O galo rouco e o rato esperto", da Cigana Contadora de Estórias!

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