sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Boas conquistas da educação

José Xavier Cortez - fundador da Cortez Editora - Foto: Divulgação
“O analfabetismo e a falta de cultura são piores que uma doença, uma peste. É preciso ler para os filhos. Mais tarde, é preciso ler para os pais”.
Essa frase é de seu José Xavier Cortez, nascido nas proximidades dum sítio próximo a Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em 1936, em uma família de agricultores pobres, num lugar onde boa parte da população não sabe ler nem escrever. Todos os dias andava seis quilômetros para ir estudar. Saiu de casa aos 17 anos em busca de um mundo mais amplo, de maiores possibilidades. E conseguiu. Foi marinheiro, guardador de carros, manobrista e livreiro. E foi exatamente através deles - os livros – que se formou economista, escreveu teses e fundou há quase 40 anos a Cortez Editora.
Eu já conhecia a Cortez das feiras de livro onde sempre vou, mas não conhecia a história do seu fundador. Li na matéria da repórter Larissa Lins, com foto de Julio Jacobina, no Diário de Pernambuco de hoje. Que beleza de exemplo!

Também hoje li em extensa matéria no DP – inclusive com publicidade institucional do governo do Estado – sobre a conquista de Pernambuco na educação, que hoje tem o melhor ensino médio do país. A informação veio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb, divulgado a cada dois anos e considerado o principal indicador da educação no Brasil. Em 2013, Pernambuco estava na quarta posição.
Outro importante dado que a pesquisa apontou foi que Pernambuco também diminuiu a distorção idade-ano e a taxa de abandono escolar. O governador Paulo Câmara atribuiu os resultados – excelentes e animadores, sem dúvida – a “um trabalho consistente da Secretaria de Educação, dos estudantes e suas famílias”, além da rede de escolas em tempo integral, das 300 Escolas de Referência em Ensino Médio (Erem) e as 35 Escolas Técnicas em funcionamento.
Eu também creditaria isso aos professores e demais trabalhadores em Educação. Nenhuma conquista acontece sozinha. Portanto, faço questão de registrar aqui os meus calorosos parabéns a todos que trabalharam – e continuam trabalhando por uma educação de qualidade, principalmente na rede pública, a despeito de todas as dificuldades que têm que enfrentar todo santo dia em sala de aula e fora dela. O desafio agora é estender esse trabalho para os municípios. Mas, como diria o mestre Gilberto Gil, “andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”...

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