José Xavier Cortez - fundador da Cortez Editora - Foto: Divulgação |
“O analfabetismo e a falta de cultura são piores que uma doença, uma
peste. É preciso ler para os filhos. Mais tarde, é preciso ler para os pais”.
Essa frase é de seu José Xavier
Cortez, nascido nas proximidades dum sítio próximo a Currais Novos, no Rio
Grande do Norte, em 1936, em uma família de agricultores pobres, num lugar onde
boa parte da população não sabe ler nem escrever. Todos os dias andava seis
quilômetros para ir estudar. Saiu de casa aos 17 anos em busca de um mundo mais
amplo, de maiores possibilidades. E conseguiu. Foi marinheiro, guardador de
carros, manobrista e livreiro. E foi exatamente através deles - os livros – que
se formou economista, escreveu teses e fundou há quase 40 anos a Cortez
Editora.
Eu já conhecia a Cortez das
feiras de livro onde sempre vou, mas não conhecia a história do seu fundador.
Li na matéria da repórter Larissa Lins, com foto de Julio Jacobina, no Diário
de Pernambuco de hoje. Que beleza de exemplo!
Também hoje li em extensa matéria
no DP – inclusive com publicidade institucional do governo do Estado – sobre a
conquista de Pernambuco na educação, que hoje tem o melhor ensino médio do
país. A informação veio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb,
divulgado a cada dois anos e considerado o principal indicador da educação no
Brasil. Em 2013, Pernambuco estava na quarta posição.
Outro importante dado que a
pesquisa apontou foi que Pernambuco também diminuiu a distorção idade-ano e a
taxa de abandono escolar. O governador Paulo Câmara atribuiu os resultados –
excelentes e animadores, sem dúvida – a “um trabalho consistente da Secretaria de Educação, dos estudantes e suas famílias”, além da rede de escolas em tempo
integral, das 300 Escolas de Referência em Ensino Médio (Erem) e as 35 Escolas
Técnicas em funcionamento.
Eu também creditaria isso aos
professores e demais trabalhadores em Educação. Nenhuma conquista acontece
sozinha. Portanto, faço questão de registrar aqui os meus calorosos parabéns a
todos que trabalharam – e continuam trabalhando por uma educação de qualidade,
principalmente na rede pública, a despeito de todas as dificuldades que têm que
enfrentar todo santo dia em sala de aula e fora dela. O desafio agora é
estender esse trabalho para os municípios. Mas, como diria o mestre Gilberto
Gil, “andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”...
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