Tela de Eduardo Lima |
Então, o menino foi andando para a loja, no centro da cidade.
Estava muito quente e ele pensou que seria bom se tivesse um chapéu para proteger sua cabeça. Então o menino teve uma ideia: pegou a cédula que seu pai tinha lhe dado e dobrou, fazendo um chapeuzinho perfeito para o seu tamanho (Faz o origami do chapeuzinho de soldado, que todos aprendemos em criança).
Logo mais à frente, ele se deparou com um rio e achou que seria muito bom refrescar os pés ali. A água estava tão gostosa que o menino decidiu brincar um pouco e teve uma ideia: pegou o chapéu feito com a cédula e o transformou em um barquinho. (Do chapéu, faz as dobras para transformá-lo em barquinho).
Tela de Eduardo Lima |
Depois de brincar bastante, o menino se lembrou do seu presente, então saiu do rio e se secou, carregando o barquinho de papel na mão. Chegando na cidade, ele foi direto à loja comprar sua camiseta nova. Escolheu a que mais gostou e foi pagar com o dinheiro que seu pai tinha lhe dado – agora transformado em barquinho.
A vendedora não quis aceitar. Disse que o dinheiro estava todo molhado e amassado. O menino ficou triste, ainda insistiu, o dinheiro ia secar, era só esperar um pouquinho, mas nada feito. A vendedora não aceitou mesmo.
Chorando muito, desapontado, ele saiu da loja e foi andando de volta para casa. No meio do caminho apareceu uma linda moça – uma fada, com certeza – que lhe perguntou porque estava tão triste. O menino contou que era seu aniversário e ele queria uma camiseta nova. Seu pai havia lhe dado o dinheiro e... bem, ele contou tudo que havia acontecido, do calor, do chapéu, do rio e do barquinho. Contou também da vendedora que não aceitou o dinheiro porque estava molhado e amassado.
- Eu queria tanto uma camiseta nova! – lamentou o pequeno.
A fada olhou para ele e sorriu.
- Posso dar um jeito nisso. Dê-me o seu barquinho – pediu ela.
O menino estendeu-lhe o barquinho de dinheiro e viu, espantado, quando ela lhe rasgou as pontas e a chaminé (entra aqui o kirigami, com o corte na vertical das duas pontas diagonais do barco e o corte em meia-lua da chaminé do barco). Agora era que o dinheiro não ia prestar para mais nada mesmo, rasgado como estava, pensou ele.
Mas a fada tinha uma surpresa para o pequeno. Fez uma mágica e... transformou o barquinho em uma linda camiseta! (desdobra o papel e, voilà! Magicamente aparece uma perfeita camisetinha). O menino ficou feliz da vida, agradeceu à fada pelo presente e voltou correndo para casa para mostrar sua camiseta nova ao pai.
As imagens são do artista plástico Eduardo Lima.
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