"A ilusão é tão útil como a certeza: e na formação de todo o espírito, para que ele seja completo, devem entrar tanto os contos de fadas como os problemas de Euclides" - Eça de Queiroz
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Conto: A estrelinha azul
Essa linda estorinha é de Irma de Castro Rocha (Meimei). O tema central é a higiene e pode ser trabalhado com crianças até 7 anos.
Certa ocasião, no céu grande e bonito, o Sol, depois de um
dia de muito trabalho, acordou a branca Lua e recomendou:
- Amiga Lua, estou cansado e preciso dormir um pouco. Tome conta do céu e não o
deixe ficar escuro.
A Lua levantou-se sem demora. Bateu palmas e chamou as estrelinhas.
- Depressa, meninas, dizia ela. Depressa! Lavem-se ligeiro e escovem-se para
brilharem bastante. Lembrem-se de que temos que tornar nosso céu claro e
brilhante!
As estrelinhas apareceram correndo e todas, muito alegres, começaram a lavar-se
e a escovar-se. E, coisa maravilhosa, à medida que se limpavam, brilhavam cada
vez mais. E como ficavam lindas!
Todas não: havia uma que estava feia, ainda muito suja! Era a Estrelinha Azul.
A Lua logo que a viu, falou zangada
- Venha cá, Estrelinha Azul. Como é que você está assim tão
suja, tão cheia de pó?
A Estrelinha Azul estremeceu de medo e respondeu atrapalhada:
- É que ontem eu estava brincando de escorregar nas nuvens e fiquei cheia de
poeira...
- Ontem? Disse dona Lua mais zangada ainda. Que vergonha! Então você dormiu
assim? Não faça mais isto! E limpe-se depressa, que está muito atrasada.
Estrelinha Azul saiu ligeiro de perto de dona Lua e,
enquanto andava, resmungava:
- Não gosto de me lavar. Não gosto de me escovar. Não quero andar limpa.
- Não diga tal coisa! Falavam-lhe as amiguinhas. Não sabe, então, que quando
estamos limpinhas nossa luz é vista da Terra? A estas horas todos lá devem
estar olhando para nós, achando nosso céu lindo, lindo!
Mas, nem assim a estrelinha quis ficar limpa e fugiu depressa, toda suja,
procurando esconder-se de dona Lua.
Escureceu mais ainda e o céu ficou cheinho de estrelas brilhantes. Entretanto,
havia um cantinho escuro onde nada brilhava. Era o lugar da Estrelinha Azul lá
estava ela, mas tão suja, que ninguém podia ver a sua luz. E assim estava o
céu, quando no meio da noite, passou o vento gritando:
- Vai chover! Vai chover!
- Depressa, depressa! Falou dona Lua às estrelas. Escondam-se atrás das nuvens
para não se molharem.
E as estrelinhas muito nervosas, corriam de cá para lá até ficarem bem
escondidinhas na nuvem grande.
Dona Lua contou-as. Faltava uma! Quem será?...Estrelinha Azul!
Onde estaria ela? A cuidadosa Lua olhou para um lado e para o outro. Nada! Não
via coisa alguma. Então suspirou muito triste, procurando esconder-se também.
Lá, no cantinho escuro do céu estava a Estrelinha Azul, com muito medo da
chuva. Ela não queria molhar-se, mas não enxergava o caminho para voltar para
sua casa, a nuvem grande.
- Ah! Se a dona Lua me enxergasse, ela me buscaria! Dizia, chorando. Mas, assim
como estou, ninguém me vê! Nunca mais eu ficarei suja, nunca mais!
Nisto aconteceu uma coisa maravilhosa! Enquanto ela chorava, lágrimas foram
escorregando pelo seu rostinho, lavando-o. E começou a brilhar e seu brilho foi
se espalhando pelo céu. Do lugar onde estava, dona Lua viu aquela luz azul
fraquinha e, toda contente, gritou bem alto:
- Venha, Estrelinha Azul, aqui está a nuvem grande! Corra, a chuva vem
chegando!!
Estrelinha Azul, ouvindo a voz de dona Lua, olhou e viu a nuvem grande
iluminada agora pelo seu brilho azulado. Correu depressa e escondeu-se bem
escondidinha. E a chuva chegou, molhando tudo, no céu e na Terra. Enquanto
chovia, a estrelinha foi depressa tomar banho e escovar-se para que brilhasse
como as outras estrelas. Choveu, choveu muito.
Quando parou de chover, a estrelinha saiu correndo de trás da nuvem grande. E
lá na Terra, as pessoas olhavam para cima, e diziam:
- Vejam a chuva parou e há uma estrela no céu. E como
brilha!
Logo as outras estrelas foram saindo de trás das nuvens e se espalharam no céu,
brilhando cada uma em seu lugar.
Porém, entre todas, a Estrelinha Azul chamava a atenção, pelo seu brilho
diferente, de linda cor azulada.
E, desse dia em diante, logo que levantava, a estrelinha dizia:
- Limpinha eu sou. E com razão. Pois gosto
da água. E do sabão!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Quinta tem as estórias da Cigana no Sesc Caruaru (PE)
Na próxima quinta-feira (03), a
Cigana Contadora de Estórias, vivida pela premiada escritora Gabriela Kopinits,
volta a encantar as crianças na Biblioteca Álvaro Lins, no Sesc Caruaru. Em
duas sessões, às 8h30 e às 15h, a Cigana vai contar suas estórias para os
alunos do Pré 1 (Ensino Infantil) da Escola Sesc. “Preparei uma programação
especial com temas natalinos para contar para as crianças, como a estória de
uma estrelinha que não gostava de brilhar e um pinheirinho que queria dar um
presente para o Menino Jesus”, adianta Gabriela.
Esta será a terceira vez que a Cigana
Contadora de Estórias - que levou o segundo lugar no concurso de contos “Recortes
de Caruaru”, promovido pelo Instituto Histórico de Caruaru, Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru e a Academia Caruaruense de Cultura,
Ciências e Letras - participa do projeto Hora do Conto, desenvolvido pelo Sesc
Caruaru para estimular a leitura e ampliar o acesso ao livro. “A biblioteca no
século XXI está engajada não só com a leitura num ambiente fechado, em que se lia
só e não se fazia barulho, mas também com ações culturais que desenvolvam atividades
a partir do incentivo à leitura”, ressalta Mário Fernandes, coordenador da
Biblioteca Álvaro Lins.
A Hora do Conto do Sesc Caruaru acontece
às terças e quintas, em dois horários, pela manhã e à tarde, e as sessões devem
ser agendadas previamente na própria biblioteca ou pelo telefone (81) 3721-3967.
Guanabara Comunicação
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