terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Conto: A estrelinha azul


Essa linda estorinha é de Irma de Castro Rocha (Meimei). O tema central é a higiene e pode ser trabalhado com crianças até 7 anos.

Certa ocasião, no céu grande e bonito, o Sol, depois de um dia de muito trabalho, acordou a branca Lua e recomendou:
- Amiga Lua, estou cansado e preciso dormir um pouco. Tome conta do céu e não o deixe ficar escuro.
A Lua levantou-se sem demora. Bateu palmas e chamou as estrelinhas.
- Depressa, meninas, dizia ela. Depressa! Lavem-se ligeiro e escovem-se para brilharem bastante. Lembrem-se de que temos que tornar nosso céu claro e brilhante!
As estrelinhas apareceram correndo e todas, muito alegres, começaram a lavar-se e a escovar-se. E, coisa maravilhosa, à medida que se limpavam, brilhavam cada vez mais. E como ficavam lindas! 
Todas não: havia uma que estava feia, ainda muito suja! Era a Estrelinha Azul.
A Lua logo que a viu, falou zangada

- Venha cá, Estrelinha Azul. Como é que você está assim tão suja, tão cheia de pó? 
A Estrelinha Azul estremeceu de medo e respondeu atrapalhada:
- É que ontem eu estava brincando de escorregar nas nuvens e fiquei cheia de poeira...
- Ontem? Disse dona Lua mais zangada ainda. Que vergonha! Então você dormiu assim? Não faça mais isto! E limpe-se depressa, que está muito atrasada.

Estrelinha Azul saiu ligeiro de perto de dona Lua e, enquanto andava, resmungava:
- Não gosto de me lavar. Não gosto de me escovar. Não quero andar limpa.
- Não diga tal coisa! Falavam-lhe as amiguinhas. Não sabe, então, que quando estamos limpinhas nossa luz é vista da Terra? A estas horas todos lá devem estar olhando para nós, achando nosso céu lindo, lindo!
Mas, nem assim a estrelinha quis ficar limpa e fugiu depressa, toda suja, procurando esconder-se de dona Lua.
Escureceu mais ainda e o céu ficou cheinho de estrelas brilhantes. Entretanto, havia um cantinho escuro onde nada brilhava. Era o lugar da Estrelinha Azul lá estava ela, mas tão suja, que ninguém podia ver a sua luz. E assim estava o céu, quando no meio da noite, passou o vento gritando:
- Vai chover! Vai chover!
- Depressa, depressa! Falou dona Lua às estrelas. Escondam-se atrás das nuvens para não se molharem. 
E as estrelinhas muito nervosas, corriam de cá para lá até ficarem bem escondidinhas na nuvem grande. 
Dona Lua contou-as. Faltava uma! Quem será?...Estrelinha Azul! 
Onde estaria ela? A cuidadosa Lua olhou para um lado e para o outro. Nada! Não via coisa alguma. Então suspirou muito triste, procurando esconder-se também. Lá, no cantinho escuro do céu estava a Estrelinha Azul, com muito medo da chuva. Ela não queria molhar-se, mas não enxergava o caminho para voltar para sua casa, a nuvem grande.
- Ah! Se a dona Lua me enxergasse, ela me buscaria! Dizia, chorando. Mas, assim como estou, ninguém me vê! Nunca mais eu ficarei suja, nunca mais!
Nisto aconteceu uma coisa maravilhosa! Enquanto ela chorava, lágrimas foram escorregando pelo seu rostinho, lavando-o. E começou a brilhar e seu brilho foi se espalhando pelo céu. Do lugar onde estava, dona Lua viu aquela luz azul fraquinha e, toda contente, gritou bem alto:
- Venha, Estrelinha Azul, aqui está a nuvem grande! Corra, a chuva vem chegando!!
Estrelinha Azul, ouvindo a voz de dona Lua, olhou e viu a nuvem grande iluminada agora pelo seu brilho azulado. Correu depressa e escondeu-se bem escondidinha. E a chuva chegou, molhando tudo, no céu e na Terra. Enquanto chovia, a estrelinha foi depressa tomar banho e escovar-se para que brilhasse como as outras estrelas. Choveu, choveu muito.
Quando parou de chover, a estrelinha saiu correndo de trás da nuvem grande. E lá na Terra, as pessoas olhavam para cima, e diziam:

- Vejam a chuva parou e há uma estrela no céu. E como brilha!
Logo as outras estrelas foram saindo de trás das nuvens e se espalharam no céu, brilhando cada uma em seu lugar. 
Porém, entre todas, a Estrelinha Azul chamava a atenção, pelo seu brilho diferente, de linda cor azulada.
E, desse dia em diante, logo que levantava, a estrelinha dizia:
       - Limpinha eu sou. E com razão. Pois gosto da água. E do sabão!



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Quinta tem as estórias da Cigana no Sesc Caruaru (PE)

Na próxima quinta-feira (03), a Cigana Contadora de Estórias, vivida pela premiada escritora Gabriela Kopinits, volta a encantar as crianças na Biblioteca Álvaro Lins, no Sesc Caruaru. Em duas sessões, às 8h30 e às 15h, a Cigana vai contar suas estórias para os alunos do Pré 1 (Ensino Infantil) da Escola Sesc. “Preparei uma programação especial com temas natalinos para contar para as crianças, como a estória de uma estrelinha que não gostava de brilhar e um pinheirinho que queria dar um presente para o Menino Jesus”, adianta Gabriela.

Esta será a terceira vez que a Cigana Contadora de Estórias - que levou o segundo lugar no concurso de contos “Recortes de Caruaru”, promovido pelo Instituto Histórico de Caruaru, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru e a Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras - participa do projeto Hora do Conto, desenvolvido pelo Sesc Caruaru para estimular a leitura e ampliar o acesso ao livro. “A biblioteca no século XXI está engajada não só com a leitura num ambiente fechado, em que se lia só e não se fazia barulho, mas também com ações culturais que desenvolvam atividades a partir do incentivo à leitura”, ressalta Mário Fernandes, coordenador da Biblioteca Álvaro Lins.

A Hora do Conto do Sesc Caruaru acontece às terças e quintas, em dois horários, pela manhã e à tarde, e as sessões devem ser agendadas previamente na própria biblioteca ou pelo telefone (81) 3721-3967.


Guanabara Comunicação

Conto: "O semeador de tâmaras"

Esta versão vem do livro El saber es más que la riqueza, de  Silvia Dubovoy O semeador de tâmaras Em um oásis perdido no deserto, o velho El...